Raimundo
sempre foi apaixonado por uma mulher a dona Maria de Aquino, conhecida como a
chilena, morava numa casa amarela e de um jardim cheio de rosas.
E este amor brotou no coração de
Raimundo pois ele morava na mesma rua e ele sempre pensava de um dia quem sabe
declarar o seu infinito amor para ela.
De tardinha dona Maria de Aquino
saiu com sua sombrinha florida e de lenço na cabeça e Raimundo sentiu a mesma
falta de fôlego a mesma bateção de coração, ela atravessou a rua e falou com
Raimundo dizendo que quando ele poderia arrumar o seu jardim e ele disse:
__Vós
Mecê fique sossegada, de que quando vós
retornar da cidade, estará pronto. (suando frio)
E Raimundo ficou tão contente que até esqueceu a panela de óleo no fogo,
onde fazia frango frito, e Raimundo tinha nas mãos a chance de falar e de
explanar todos os seus sentimentos para a Maria.
A
noite chegara e ela também e Raimundo, a mesma falta de fôlego a mesma
bateção de coração, perdeu-se novamente
a coragem de cabra macho, o que não tinha nada.
__Obrigada,
seu Raimundo, pegue este trocado.
Ele
pegou calado e seguiu para o outro lado da rua.
Num sábado à noite Raimundo se
preparou e pegou o seu terno velho e marrom e seu chapéu e algo o impulsionava
e encorajava, abriu a porta e atravessou a rua, atravessou o jardim de Maria de
Aquino que abrindo a porta ficou surpresa, e partiu dela o beijo lascado em Raimundo onde não teve nem tempo de falta
de fôlego ou batedeira no coração, e desejou no fundo do seu coração, que algo mudasse o seu destino para sempre...
Na verdade o seu destino mudou, pois
tirou um taco de fumo do bolso e picou
caprichosamente e enrolou na palha, foi até a cozinha onde estava a Maria de
Aquino para ver se o cafezinho estava pronto, sentou-se na varanda para fazer
boca de pito e em seguida chamou o seu amor para que os dois pudessem ficar
dentro da rede de balanço e concluiu que ele era o homem mais feliz do mundo.
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