terça-feira, 19 de junho de 2012

Mi Amore



Era de manhã quando Lúcia viu os estrondos dos aviões pousando e sabia que naquele conflito de ideologias e liberdade iria conhecer o amor a sua vida  o senhor John Smith.
Lúcia de pele bronzeada e cabelos de índia e de olhos siameses  vendia coco  na beira da praia, sua vida era bem simples, pois já tinha a sua casa e seu pequeno negócio.
Numa noite suas amigas a convidaram para ir num baile e ela foi  toda emperiquitada, digamos que para os nativos um horror, mas para os estrangeiros uma pérola preciosa.
A música bonita e romântica o salão estava lotado na mansão dos coronéis a festa estava muito animada, e Lúcia se vê surpreso quando um moço sorridente falou diferente:
__Poder to namorado?
E Lúcia viu aqueles olhos daquele moço,  eram azuis tão profundo que ficou fascinada, ele estendeu as mãos falando: __Não ablo português, sou Força  Aérea  Americana. Gostar de dançar ?
E Lúcia com o coração a mil por hora, falava: __Estou sonhando?
Como era maravilhoso ver os dois dançando que contraste de raças,  que perfeição, ele era um lindo príncipe encantado que Lúcia havia encontrado, amor à  primeira vista, o amor eterno e envolvente. E as únicas palavras que Lúcia sabia de estrangeiro eram estas: Mi amore, na qual aprendeu com os turistas italianos na sua barraca de coco.
Eles viveram por algum tempo um verdadeiro conto de fadas, que pena! Para a guerra do Vietnã ele se foi.
Céus! Como foi horrível a despedida, o sofrimento de Lúcia pelo o amor que havia encontrado, a saudade e tantos anos se passaram... notícias nunca dadas.
Jamais Lúcia ficou sabendo-se ele sumiu na guerra, ou se esqueceu dela. 
__ Mi amore ... Mi amore .



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