terça-feira, 19 de junho de 2012

PESCADORES DO AR





Na alvorada os pescadores (meninos de rua)saem com seus equipamentos na qual é feita de cola, plástico, papel e varetas.
Eles estão prontos para uma peleja no ar, posso sentir e ver os manejos com seus equipamentos que para eles na sua imaginação são um poderio tecnológico de ataque.
Alguns são sublimes e passivos e outros são como homens de sangue, preparados para o advento da guerra, pois possuem suas armas para o confronto bélico.
Os mísseis são as linhas com a mistura de vidro e cola e pó de ferro. As metralhadoras são as rabiolas (linha e vários retalhos de plásticos) que servem para dilacerar e também é os propulsores para aquele.
A linha vertical liga o brinquedo com o pescador, a linha é o ponto vital dela e também dado informacional (eles colocam filetes de plásticos na linha para ver o vento levar até a pipa) ao pescador.
E vejo então muitas delas de diversas cores e formas no ar, começam a fazer guerra e quem tiver mais habilidade e sorte pescará a maior quantidade (de pipa) .
Estes brinquedos conseguem quebrar a gravidade em mergulhos no ar , o confronto a devastação, ao mesmo tempo magnífica .O brilho das linhas ,o mesmo poderio os cercam as outras que estão fora de combate ,caindo (boiando) e planando na sutileza do ar e nos inspira como se fosse uma dança no término.
Estratégia, cálculos, teor técnico e habilidades. Aos leigos não passam de uma brincadeira perigosa e insignificante, mas aos brilhantes (meninos de rua) que buscam fugir de uma realidade condenável de misérias, é para eles o impulso da imaginação e a certeza de sonhar com um futuro melhor.

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